Numa das muitas incursões de pesca protagonizadas por mim e pelo Zé Pedro, um dia resolvemos conhecer S. Tomé e Principe, mais concretamente o ilhéu das Rolas. Adoramos a estadia, que incluía saídas de barco para pesca ao fundo e à amostra. As águas quentes equatoriais prometiam fartas capturas e bons exemplares... A realidade foi muito diferente! Os meios técnicos usados para detetar cardumes, designadamente o sonar, não funcionavam e até a âncora não cumpria a sua missão, porque a corda era... demasiado curta para a profundidade do mar. Estas contrariedades esmoreceram a nossa esperança de belas pescarias, mas não não afetaram a boa disposição dos sãotomenses que nos acompanhavam. O conselho que nos davam era muito simples - nada de aborrecimentos, tínhamos de ter calma e encarar as coisas "leve,leve"!!!
Esta história ocorreu-me como ponto de partida para a crónica de mais um dia de pesca à truta. Eu e o Pedro voltámos ao rio Âncora, mas desta feita acompanhados pelo Sérgio, grande companheiro destas lides.
O Dr. Rui Taxa destinou-nos novamente o lote nº 3, onde só se pratica pesca sem morte. À chegada, grande desilusão! O rio levava muita água e o caudal era muito lamacento, fruto das fortes chuvadas dos últimos dias.
Bem equipados para a intempérie (ainda cairam uns chuveiros fortes), e com o Sérgio a estrear cana e amostras novas, lá começamos a calcorrear as margens do rio para montante.
Para dizer a verdade, como viríamos todos a confessar mais tarde, a esperança num bom dia de pesca tinha-se desvanecido rapidamente. Mas como o tempo começou a melhorar, ninguém desistiu.O lote nº 3 tem cerca de 2,4 quilómetros de extensão. Tínhamos percorrido talvez 800 metros e o Sérgio surpreendeu-nos com um grito: "Já pesquei uma"! Uma truta bonita, com serrilhas até no palato.
Um pouco mais acima, surgiu um dos muitos açudes e o Sérgio avançou para o meio do rio, na parte superior da queda de água. Nesse local, começou a sentir vários ataques, enquanto eu que estava mesmo a seu lado continuava a ver a água correr... O Sérgio manteve-se no local alguns minutos e conseguiu apanhar mais duas trutas. Um pouco mais acima, já na margem, sacou o quarto exemplar. 4-0 não era uma vitória, era uma goleada!
Como bom amigo que é, o Sérgio transmitiu-nos o seu truque - as trutas estavam a comer mais fundo, pelo que era necessário recolher as amostras lentamente. O mais inexperiente nestas andanças revelava a sua argúcia e capacidade de adaptação ao meio. Lembrei-me logo da história com que iniciei esta crónica - "leve, leve" é que é bom!!! E foi. Eu e o Pedro seguimos a tática e ainda conseguimos amenizar a "derrota" para números mais agradáveis, pescando cada um mais três trutas.
Houve, pelo menos, mais dois peixes presos, que se soltaram à borda de água, e variadíssimos ataques sem sucesso. Um dia dececionante de pesca tornou-se numa jornada gloriosa. De tal forma, que só paramos de pescar por volta das 14,15, sem termos atingido o fim do lote... Mas o estômago reclamava e com razão. Havia um arroz de lampreia à nossa espera em Viana do Castelo. Começámos a comer às 15,30 e só acabamos por volta das 17 horas.
O Dr. Rui Taxa destinou-nos novamente o lote nº 3, onde só se pratica pesca sem morte. À chegada, grande desilusão! O rio levava muita água e o caudal era muito lamacento, fruto das fortes chuvadas dos últimos dias.
Para dizer a verdade, como viríamos todos a confessar mais tarde, a esperança num bom dia de pesca tinha-se desvanecido rapidamente. Mas como o tempo começou a melhorar, ninguém desistiu.O lote nº 3 tem cerca de 2,4 quilómetros de extensão. Tínhamos percorrido talvez 800 metros e o Sérgio surpreendeu-nos com um grito: "Já pesquei uma"! Uma truta bonita, com serrilhas até no palato.
Um pouco mais acima, surgiu um dos muitos açudes e o Sérgio avançou para o meio do rio, na parte superior da queda de água. Nesse local, começou a sentir vários ataques, enquanto eu que estava mesmo a seu lado continuava a ver a água correr... O Sérgio manteve-se no local alguns minutos e conseguiu apanhar mais duas trutas. Um pouco mais acima, já na margem, sacou o quarto exemplar. 4-0 não era uma vitória, era uma goleada!
Como bom amigo que é, o Sérgio transmitiu-nos o seu truque - as trutas estavam a comer mais fundo, pelo que era necessário recolher as amostras lentamente. O mais inexperiente nestas andanças revelava a sua argúcia e capacidade de adaptação ao meio. Lembrei-me logo da história com que iniciei esta crónica - "leve, leve" é que é bom!!! E foi. Eu e o Pedro seguimos a tática e ainda conseguimos amenizar a "derrota" para números mais agradáveis, pescando cada um mais três trutas.
Houve, pelo menos, mais dois peixes presos, que se soltaram à borda de água, e variadíssimos ataques sem sucesso. Um dia dececionante de pesca tornou-se numa jornada gloriosa. De tal forma, que só paramos de pescar por volta das 14,15, sem termos atingido o fim do lote... Mas o estômago reclamava e com razão. Havia um arroz de lampreia à nossa espera em Viana do Castelo. Começámos a comer às 15,30 e só acabamos por volta das 17 horas.
Nelas fotos e relato. Um abraço aos 3 pelos momentos únicos.
ResponderEliminarAbraço, Filipe.
Obrigado Filipe, grande abraço!
EliminarÓptima manhã de pesca!
ResponderEliminarPara quem gosta de spinning, esta é uma boa alternativa nos dias em que o mar é adverso a pescarias. O contacto directo com a natureza e as distâncias percorridas testam a boa forma física do pessoal!
Venham mais dias de pesca como este.
Faça-se justiça, pois tudo o que aprendi na pesca ao spinning foi com vocês (Sr.Cruz e Zé Pedro). A táctica dada foi um tiro de sorte e uma constatação "in loco", mas ainda bem que foi assim.
Abraços a todos!
Vocês, lá arranjam uns buracos para mandar umas varejadas!:)
ResponderEliminarE lá saem uns trutas para a malta não ir perdendo a prática.
Abraço
Como diz o Urubu: Vamos lançar a sameirinha à truta para não perder a prática de corricar!
EliminarAbração!
Muito bom amigos, grandes momentos esses e com o Prof. Cucunuts a ensinar como se pesca na cana e no prato :)
ResponderEliminarRelato de patrão, quem sabe, sabe!
Abração
Ainda te vamos ver a ir à sameirinha, ou pelo menos a fazer companhia para alinhar na segunda parte - o arroz de lampreia! Ahahahahah!
Eliminarbuena jornada de pesca y que buena parecia el agua para pescar truchas, felicidades un fuerte abrazo desde asturias
ResponderEliminarOlá Emílio! Por acaso a cor da água não era má, o mal era a muita corrente nas zonas mais estreitas do rio. Mas mesmo assim foi muito bom!
EliminarAbraço!
Oi malta
ResponderEliminarOra aqui está mais um tipo de pesca que gostava de experimentar...
Ainda mais com malta tão fixe e com uma paisagem tão bonita!!!
Parabéns ao Cuco por se ter adaptado tão bem a uma pesca que não conhecia, ensinam a missa ao padre e dps olha!!!!
E olha que 4 a 1 quase roçou o massacre!!!!lolol
Um abração para todos aqui do vosso amigo do sul.
Pedro PJPescador
Grande Pedro, a paisagem e a companhia estão sempre garantidas neste tipo de pesca! Um dias hás-de vir conosco para nos "massacrares" também! ;)
ResponderEliminarGrande abraço!