Com as previsões que se avizinham, e visto que não faltam muitos dias para acabar o ano, creio que esta foi a última pesca que fazemos até ao final e há que aproveitar ao máximo todo o tempo passado junto ao mar. O Trio da Cueca Molhada quando se junta, causa sempre estragos e não podia estragar a média.
Ainda não eram 7 da manhã e eu o Rui e o Zé Pedro já
estávamos dentro de água, uns chamam-nos malucos, outros dizem que não é
necessário, mas o que é certo é que não o paramos de fazer. Não paramos porque cada
travessia é diferente, umas vezes dá para soltar umas gargalhadas, outras não
valem para o susto…. Desta vez foi para soltar umas gargalhadas, isto porque a
meio da travessia existe uma pedra que dá para descansar um pouco. Subo para a
pedra, e dou um passo em frente, daqueles cheio de confiança e gru gru gru Até
fez bolinhaaass!…. Mergulho completo, um fundão de cerca de 2m.o que vale
levava a cana ao alto,e nada se molhou, foi o baptismo para o que se avizinhou.
Chegados ao pesqueiro, rapidamente ficamos com aquela fé, a fé de cada
lançamento que fazemos temos a hipótese de enganar algum… Aquela fé que quase
nos faz adivinhar quando o peixe vai comer. Nos primeiros lançamentos ninguém
conseguiu enganar nada, ficamos com o pé
atrás, porque neste local quando anda peixe na área rapidamente dá sinal.
Lançamento para aqui, com vinil, zagaia e nada. Lançamento para o HotSpot e TUM
TUM TUM, alto, eles andam aí. Sentia que era um bom peixe, pelas cabeçadas que
mandava e não podia facilitar, a meio vem uma onda grande que me engana, deixo
de sentir o peixe e digo: “Largou, f%&/%%& SSE” Estico a linha, e
continuo a sentir o peixe na ponta da linha… Que alívio, prontamente ficou a
seco. Estava renovada a fé para os próximos lançamentos. O Rui com a fezada do
costume lançava e estava sempre a ver quando é que o peixe lhe vergava a
ponta…. Ahahahahah
Pouco tempo depois e já noutro spot, mal a zagaia cai na água TUM TUM TUM umas
boas cabeçadas, este já era maior que o anterior,uma vez mais caí no mesmo
erro, no lançamento anterior tinha prendido a zagaia e para a soltar fechei o
Drag…. E não o lembrei de o abrir novamente, desta vez correu bem, só deu
trabalho a chegar na escoa , não posso voltar a cair no mesmo erro!!!!
Dada a tanga habitual, porque 2-0-0 já é qualquer coisa, o que demonstra que o
peixe andava lá eles é que não sabiam pescar. Ahahahah A maré
virou, começou a encher, o mar caiu e estava um mar robaleiro, melhor era
impossível… Mas não saiu mais nenhum peixe, estava dada por concluída a pesca. Estava
feita a última pesca do ano, para o ano certamente haverá mais, é preciso haver
Saúde e disponibilidade para pescar.
Para eles enquadra-se bem a música dos Deolinda-“ Patinho de Borracha” Que diz
qualquer coisa como: “Pelo que vejo, pelo peixe que pescaste/Deste tamanho
encolheu ou foi mirrando ou dissolveu-se no balde/Ou nunca houve peixe nenhum……….Que
não te faltem latas de atum” ahahahahah
O vídeo que se segue tenta reunir alguns dos melhores momentos de 2012 do nosso blogue. Muitos mais foram filmados, mais ainda ficaram por filmar... O importante, na realidade, foi poder partilhá-los todos (ou quase) com os restantes membros na primeira pessoa.
Encaramos a pesca como um hobbie, uma actividade unicamente lúdica e desportiva e, nesse contexto, as partilhas são antes de mais nada sinal de que temos Saúde e algum do nosso tempo livre para fazer o que mais gostamos! Que para o ano tenhamos a oportunidade de continuar assim, se possível juntos!
Obrigado a todos os que tornaram possíveis estes momentos e muitos outros que é impossível compilar, mas que ficarão com certeza na memória de quem os viveu intensa e genuinamente!
Era o quarto dia de pesca seguido e, muito honestamente, ia sem qualquer esperança de ver escama. Ao contrário dos dias anteriores, o mar estava muito grande, cheio de força e os mantos de espuma eram imensos... a corrente a maior parte das vezes trazia as amostras de empurrão sem as conseguirmos animar convenientemente. Pelo que tinha analisado na internet não fiquei surpreendido, e a minha única motivação para sair de casa foi poder estar a pescar com o meu Amigo Urubu, que nos dois dias anteriores não marcou presença: uma por opção e outra por impossibilidade.
Eu e o King já estavamos a pescar há cerca de uma hora e meia, de spot em spot, à procura de um sítio onde o mar não levasse a melhor sobre as nossas amostras. A noite foi caindo e fomos ficando cada vez mais desmotivados. Pousamos as canas e começamos a explorar as pocinhas para dar tempo ao Urubu chegar do trabalho. Cheguei a comentar com o João que provavelmente o Rui já nem viria ao nosso encontro, por ser tarde e o mar estar muito agreste. Quando já não acreditava que ele viesse, vemos no horizonte sombrio a silhueta inconfundível do Urubas, com a sua luzinha da cabeça, de passo ligeiro pela areia na nossa direção. Deu-nos logo outro alento, pois vinha todo acelerado, cheio de pica, a dizer que estava ali para tirar o dele! Queria ir para um spot onde eu já tinha estado com o João e aconselhámo-lo a não se arriscar lá pois o mar batia forte nesse sítio. Ele ainda lá foi espreitar enquanto eu e o João o observávamos e nos mantínhamos nas pocinhas. Como tive medo que ele levasse lá um valente susto, como eu e o King tínhamos levado antes, chamei-o para junto de nós, peguei na cana de novo e disse-lhe: "Se queres pescar, pesca aqui neste sítio, que eu vou já tirar um aqui!".
Logo nos primeiros lançamentos e graças ao alento do grande Urubas, engato um robalão, que devia ter sido dele com justiça, pois se não fosse ele e por ele, eu e o King já não estaríamos ali há muito. Foram uns minutos de taquicardia que este robalão orgasmatron nos proporcionou, conseguindo aquecer-nos naquele gelado início de noite! Por ironia do destino, foi o grande Urubas que lhe meteu a mão para eu não ter de o levantar em peso.
Ainda ficamos a insistir mais um pouco, mas infelizmente era o único tarolo a querer suicidar-se por aquelas bandas...
O trio reunido faz sempre estragos!
Agora resta-nos esperar que o temporal passe, para novas investidas! Entretanto, reuniremos a malta do Robalos Hotspot no nosso jantar de Natal, investida essa que terá lugar nem que chovam canivetes!
Votos de um feliz Natal para todos os seguidores do blogue! ;)
Nem nos nossos melhores sonhos, imaginávamos o que nos iria
acontecer hoje. Uma vez mais rendemo-nos às evidências, as amostras rígidas
estão a ser ultrapassadas pelos shads!
Combinamos chegar cedo ao pesqueiro, já sabíamos que iriamos ter que esperar,
por isso, nas calmas, vestimos os fatos e preparamos o material. Como era cedo,
era hora de fazer umas chamadas de praxe para ver se conseguíamos “angariar”
mais alguém para se juntar a nós. O Cuco, tinha compromissos e só se podia
juntar a nós no final do dia.
Seguimos para o pesqueiro, o mar varria umas pedras à nossa frente, mas ainda
assim fruto de um bom conhecimento do pesqueiro optamos por tentar a nossa
sorte…. E que boa decisão !
Faço o primeiro lançamento, estico a linha e TUM TUM TUM “ Tenho um, é bom, é
bom” dizia.
Pelo terceiro dia consecutivo, apanho peixe ao 1º Lançamento. Só deu tempo de
desferrar o peixe, colocá-lo no saco e lançar outra vez.
2ªLançamento, estico a linha e TUM TUM TUM, “Pedro, tenho outro, é grande como
o primeiro” Nem queria acreditar, o peixe andava na zona, e era todo peixe de
qualidade.
Enquando desferrava o 2ªpeixe, diz o Pedro:” João, João, tenho um !” Coração a
mil, o peixe ali na nossa zona, só pensava mesmo que partisse a cana outra vez
fazia lançamentos à mão! Ahahahah
Quando ia a pegar na cana para lançar, o shad ficou preso no saco de rede, que
PORCARIA!!!!
Estava a tentar tirar e nada, entretanto o Pedro ferra outro, “Olha outro, tira
a máquina e filma” Quando estava a tirar a máquina e a preparar para filmar,
levo com uma onda em cima e só filmei os pés……. Também conta! Eheheheheeh
Finalmente consegui soltar o shad, volto a lançar e TUM TUM TUM!!!! “Já cá está outro, e é grande também”
Como costumamos dizer, foram 10 minutos à Porto, literalmente, em 10 minutos
conseguimos trazer para terra 8 peixes. O peixe falhou e não dava mais nada,
fomos bater outros sítios e nada….. Voltamos ao spot inicial, e diz o Pedro:”
João, tenho um, é um animal do caraças!!!!”
A Cinnetic a bater, e a adrenalina a fluir…… Quando chega na forte escoa, o
peixe desferra!!!
Uns Fo&%*#$%# uns P&$#t# que pariu pelo meio e toca a lançar para o
líquido outra vez.
O Shad tinha-me prendido numa pedra, e fechei o drag para o tirar…. No
Lançamento seguinte esqueci-me de o abrir novamente!! Um erro que paguei caro,
lanço o shad e TUM TUM TUM
o DRAG a cantar em seco
TRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR quando me apercebo tento abrir mas nem me deu tempo de o
fazer, soltou-se! Fod&%#$$.
Paramos de pescar para fazer um novo
terminal, e vemos o Cuco a chegar ao longe…. Cumprimentos da praxe, e ele
quando vê o saco a abarrotar com o peixe nem acredita!!
Fica logo cheio de pica, vai até ao spot lança e TUM TUM TUM “ Olha, engatei
um!” Chegou e apanhou logo um peixinho, nós já não sentíamos nada há algum
tempo. Com o final do dia a chegar era a hora de tirar a fotografia da praxe, e
pedimos a um colega que lá estava para o fazer. O Cuco nem queria tirar fotos,
queria era lançar….. Mal foi tirada a foto, lançou para o líquido e TUM TUM
TUM Outro ???? Já estava a abusar! Ahahahaah
Mais um peixinho, num local onde a
amostra não trabalhava, foi preciso um shad com um cabeçote mais pesado a dar
frutos.
Já quase com o escuro, faço um
lançamento mais curto, para um buraco conhecido e TUM TUM TUM,” Olha, tenho outro!”
Foi uma tarde inacreditável, onde se estivéssemos a pescar com amostras quase
de certeza não conseguiríamos ferrar nada porque o mar não deixava a amostra
agarrar água!
Uma vez mais rendemo-nos às evidências, os vinis estão para ficar !
Há dias e dias de pesca... há aqueles dias que fazem valer a pena todos os outros que correm mal: quando deixamos de dormir a horas decentes para ir pescar... quando passamos frio... quando nadamos à luz da lua em busca do tal spot... e não pescamos nada!
Este relato é um desses dias especiais, que fazem esquecer os dias de grades, de canas partidas, metros de multi perdidos nas rochas, amostras perdidas (embora o King tenha plantado 3 mesmo assim! kakakaka!).
Estacionamos o carro, preparamos o material e fizemo-nos ao spot. Levávamos tudo montado para chegar e lançar - eu com um jerkbait e o King com um shad softbait. Ainda eu me preparava para fazer o primeiro lançamento e já o João me chamava aos berros com o maior exemplar da jornada capturado nos primeiros segundos. Só tive tempo de pousar a cana numa rocha e quando tirava a mochila das costas para pegar na máquina já o peixe estava a seco! O João exclamava: "Quando lhe vi a cabeça já foi tarde! Pensei que era mais pequeno!" kakakakaka! Impossível começar de melhor forma!
Rendi-me imediatamente às evidências e nem cheguei a molhar a amostra que trazia. Usei logo uma igual à do King! Kakakakakakaka! Daí em diante, pescamos mais 5 robalos bons - 4 para mim e mais um para o King, que acabou por pescar o maior e o mais pequeno exemplares! Kakakakaka! ...Mas ainda tem moral para argumentar que os peixes são todos dele!
O que interessa é que foi mais uma bela teca que fizemos este ano os dois juntos, o que me leva, sem falsas modéstias, a acreditar cada vez menos na sorte. Temos feito boas opções na escolha dos spots, dos dias, dos momentos e das amostras para pescar... e também temos tido sorte.
Agora só faltam os "robalos de andarilho", de que o nosso Amigo Varadas tanto fala e tanto procura... a quem calharão? Vamos continuar a fazer a nossa parte, promessa de Pescador!
Andamos sempre a queixar-nos de falta de boas condições para ir pescar e quando todas elas se reunem.. não vamos pescar! Ontem ia ser assim, mas ainda bem que não foi.
Na hora teoricamente ideal para ir pescar, estava eu e o Cotinha (como vem a ser hábito há mais de 3 anos) a caminho do Estádio do Dragão para ver o nosso clube. O João desta vez também nos acompanhou já que o aliciei para ir pescar mal o jogo acabasse. O convite também foi feito ao meu Pai, que me mandou passear de imediato! Eheheheheheh! À noite estava de facto muito frio, mas o pouco vento ajudava a torelá-lo melhor. Acabado o jogo, cujo resultado foi mais agradável que a exibição, lá fui com o King a correr Alameda acima até ao carro para tentarmos chegar ao spot no fim da maré cheia. O King só teve tempo de comer um cachorro, enquanto corria, para enganar o estômago.
Conseguimos começar a pescar à hora que queríamos e a praia tinha muitos pescadores ao fundo - pudera, estava um tempo fantástico para esta altura do ano e o mar atipicamente calmo!
Pescamos até passar da 1 da manhã e acabamos por abandonar o spot por já ter pouca água com cerca de 3 horas de vazante numa maré pouco viva. Foi ainda com alguma água que safei a grade com um peixinho engraçado que me deixou bem satisfeito.
Apesar do sono, depois da vitória do Porto, pode dizer-se que foi um fim de dia à maneira!
"As melhores pescarias fazem-se sem estar a contar" - é uma frase dita muitas vezes pelo meu Amigo Cuco e já muitas vezes confirmada na prática. Foi confirmada mais uma vez.
Desde que entrei de férias que andava com grande fezada e já tinha feito 2 investidas nocturnas com o King sem grandes resultados, excepção feita a um miki enganado pelo João e libertado. A vontade e insistência ainda não tinham dado frutos, nem mesmo com o esforço inglório de nadar de noite com a temperatura da água mais do dobro da ambiente (e mesmo assim bem fria - 14ºC)!
Desta vez tinha de ir ao Porto e o meu Amigo Urubu, que não podia ir pescar, incentivou-me a ir mandar o aço. Andava com a cana no carro e sem estar a contar com condições aceitáveis para fazer uns lançamentos, fiquei logo todo "quitado". Mesmo assim, não tinha companhia e sozinho gosto pouco de me fazer ao mar. Uns telefonemas depois já tinha dois companheiros - o Mestre Varadas e o Prof. Cuco - e já tinha cravado o meu Cotinha para me substituir na tarefa que motivou a viagem inicialmente! Eheheheheh!
Tomada a decisão de lançar as amostras para o líquido e chegado ao local, fiquei um bocado desiludido com o muito mar - batia forte e "escangalhado"... mas paciência, já ali estava e havia que aproveitar o momento. Há muito que estava para ir testar uns vinis grandes àquele spot e eis que havia chegado o momento! Tinha dito ao King que tinha grande fé naquele "buraco" com os vinis grandes!
Faço o primeiro lançamento com um cabeçote bem pesado e o vinil cai a uns 35 metros de mim... que desilusão! Disse ao Cuco que fazia mais uma tentativa e se lançasse o mesmo metia era um ferro. Na segunda tentativa, o lançamento foi mais aceitável e mal o cabeçote toca no fundo, dou-lhe dois toques e já lá morava o primeiro. Uma pancada boa para eu estrear a minha Cinetic! Também já só faltava eu dos 4 que já a estreamos... A sensação não podia ter sido melhor. Uma cana forte, que transmite segurança na hora de trabalhar um peixe engraçado num spot não muito fácil.
Sem estar a contar pescar, não me podia queixar! Com o mar que estava, que por vezes trazia a amostra aos trompaços, se não tinha apanhado este peixe nas primeiras tentativas, tinha desistido logo... Se ali estivesse o King tinha dito logo que era muito mar! Eheheheheh!
O tempo foi passando e na dança de amostras foi uma zagaia que enganou o segundo, mais pequeno. A coisa estava a correr muito bem e o meu Amigo Cuco já chorava por um peixinho. Como quem não chora não mama, mamou logo com o exemplar mais exótico - uma bela de uma ranhosa pelo rabo! Ahahahahahah! A foto demonstra bem a felicidade por ter safado a grade! Ainda hesitou, dado o bom tamanho do exemplar, mas acabou por devolvê-lo...
O nosso Amigo Valadas chegou mais tarde, na verdadeira hora sexual (coincidia o fim da maré com o fim do dia), mas desta vez foi só boa na teoria. Quer o Cuco quer eu ainda tivemos mais dois na amostra, mas ambos se desferraram, infelizmente.
Não se pode dizer que esta pescaria em cima do joelho tenha sido má.
Depois do almoço de domingo em casa da sogrinha, pensei em ir degustar o almoço com umas varadas para desanuviar!
Eram umas 16h já me encontrava no pesqueiro e o mar até que nem estava muito mal, pode ser que consiga estrear a cana nova "Cinnetic" com um peixe da medida para apreciar o comportamento da vara.
Já estava no spot relativamente à hora e meia e nem toque, mas estava filado no virar da maré já que era o melhor da jornada. E assim foi já ao entrar a noite apanhei um "xaramaneco" como o meu amigo Valadas diz :). Entretanto liga-me o meu amigo Jorge a perguntar se tinha apanhado algum peixe e prontamente disse que vinha ter comigo para fazer um pouco de companhia, mas só mesmo companhia a cana deixou-a em casa.
Com a chegada dele, eu disse-lhe, ainda chegaste a tempo para ver a estreia mas com peixe à homem, e assim foi, não era à homem mas quase eheheheheheheheheh.
Gostei bastante do comportamento dela e ainda deu para ver o peixe a ser rebocado por cima das pedras, já que o pesqueiro é complicado de os tirar e ainda por cima de noite.
Valeu bem o final do dia na companhia do meu amigão Jorge para segurar na lanterna :), obrigadão Treclas.
Mais uma pescaria combinada para um domingo de manhã - as saudades do mar já eram imensas. Desta vez os membros do "RobalosHotSpot" tinham encontro marcado com o "Gang da Anaconda". Chegados ao spot combinado por volta das 7h, já o PRESIDENTEEEE contemplava o mar sentado e cansado da faina madrugadora... abraço ao PRESIDENTEEEEEE, pois tive o privilégio de o conhecer na primeira pessoa.
O pessoal do HotSpot estava em pulgas para estrear a nova cana importada, com excelentes referências, características e a vantagem de ser a um preço bem acessível (CINNETIC 8500 EXPLORER SEA BASS). Não defraudou as expectativas, muito confortável, leve, resistente e na hora do rebocanço do labrax quase nem vergou... aprovadíssima.
Mar crescido, capaz de dar uns belos de uns tarolos... amostras pró líquido e toca a trabalhar. O PRESIDENTEEEEE continuou sentado... que senhor!
Muito trabalho, algumas amostras perdidas (muita pedra) até que fintei com a amostra um robalo distraído e foi só pôr o peixe a seco. Devo dizer que para além da estreia em grande da cana, foi o primeiro robalo trabalhado com o meu Stella, que só teve ainda oportunidade de pescar duas ou três vezes. Maravilha...
Estava a maré a subir rapidamente e tivemos de dar por terminada a jornada pois as condições já não eram as melhores. Pena o filho único pescado... melhor que nada!
Voltamos ao carro e à nossa espera estava um maravilhoso bolo de aniversário do King (tinha feito anos no dia anterior), caseirinho e concebido com muito amor e carinho pela Tia dele (bem dita seja essa Tiazinha, que nos alimentou a todos nessa manhã), bolo que o King vai ter de pagar em robalos. Para regar o bolo e porque eram 9h da manhã, havia duas garrafinhas de "leite espumante" fresquinho, a primeira das quais aberta com mira apontada, descrevendo uma trajectória em ogiva e fez tangente no amigo Valadas... foi por pouco. De referir que a trajectória do líquido pela goela foi sempre em favor da gravidade... sobrou pouco "leitinho espumante".
Grande manhã de domingo.. Parabéns Xavalo! Obrigado pela companhia - Zé Pedro, Urubas, Xavalo, Jorge e Sr.Valadas!
O mar e o vento têm sido inimigos dos que gostam de ir à pesca.
Na impossibilidade de fazer o que mais gostamos, dedicamo-nos a preparar o material para o período do forte e feio. Preparadas as canas novas de 3,60m, com acção de 60-180g, montados os ferros e os vinis mais pesados, foi a vez de cravar o meu cunhado Bruno Marques para pôr em prática algumas ideias que tinha para um novo logotipo. Tinha necessariamente de representar o nosso amor comum pelo Mar, ter um símbolo de um peixe e da necessária cana e amostra, mas sobretudo um círculo que nos une a todos!
Ficou espetacular na minha opinião, mas eu sou suspeito...
Um agradecimento final ao meu cunhado pelo excelente trabalho!
No dia
anterior tínhamos feito uma boa pesca, mas como hoje em dia tudo se sabe com um
simples telefonema já sabíamos qual seria o fado no dia seguinte. Ainda no
carro, ligamos ao Rui “Urubu” a perguntar se mais logo nos poderia acompanhar,
prontamente disse que sim mas que ia mais tarde porque primeiro tinha de levar
o Urubu Júnior à vacina. Em tom de brincadeira dissemos: ”Quando lá chegares já
escoamos o peixe todo!”
Chegados ao local, hora de vestir o fato preparar a cana e rumar ao pesqueiro.
Quando estávamos a caminho chega uma carrinha carregada de
pescadores, todos prontos, todos xpto, fatos montados, canas armadas,
prontíssimos para ir para o nosso lugar.
Aceleramos o passo e conseguimos chegar lá primeiro e verificamos que já lá se encontravam 2
pescadores. Como o sítio em questão não abrange nenhuma grande área, a Romaria
ainda no areal decidiu mudar de ares, já não tinham sítio para pescar.
Os pescadores em questão eram nossos conhecidos de outras andanças...
Faço o primeiro lançamento, estico a linha e TZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, já cá
está um! Com a cana 360 que me emprestou o Zé Pedro, controlei o peixe como
quis, e prontamente estava a seco.
Poucos segundos depois era o Pedro que acenava dizendo que tinha um peixe, era
sinal de que ainda andavam por lá. Não tardou muito já tinha o segundo aos pés,
visionamos que poderia ser uma pesca igual à de outros dias.
Já com o final do dia aparece o nosso Amigo Urubu Monteiro ( ahahahahah), cheio
de fé e depois sabendo que já tínhamos feito uns peixes, só faltava atirar-se à
àgua e apanhá-los à mão. O mais importante é que o "Trio" estava novamente reunido!
Já com a noite sinto uma pancada seca, ferro e sinto uma prisão seguida de uma
arrancada forte: "É bom, é bom” dizia eu. Deu algum trabalho, mas com a calma
necessária não tardou a render-se. Revelou-se o maior peixe do dia, um belo
Lobo do Mar.
Como o mar tinha tendências de crescer, e visto que já tinha mais do que meia
maré a encher, decidimos dar a pesca por terminada, e ainda fomos jantar a um restaurante que
fica ali ao lado.
Foi mais um belo dia junto ao mar e ainda deu para prometer uma coisa: o
primeiro que ganhe o EuroMilhões paga umas férias nas Maldivas a todos, para
enganarmos uns GT´s.
"O calendário solunar de pesca em Póvoa de Varzim nos indica que não é um bom dia para pescar. Não obstante, embora a atividade prevista dos peixes seja baixa, animamos você a pegar a sua vara de pesca e carretilha e vá desfrutar de um dia de pescaria. Você sabe que a teoria solunar não é uma ciência exata."
Foi após consultar esta previsão, no mínimo pouco animadora, em Português do Brasil, que eu e o King lá saímos uma vez mais de casa para a pesca. A necessidade de IR À PESCA é sempre muito mais forte que a de TIRAR PEIXE e as teorias existem para ser quebradas. O conselho mais importante deste sítio online é mesmo o "animamos você a pegar sua vara de pesca e carretilha e vá desfrutar de um dia de pescaria"!
Lá íamos nós a caminho do hostpot escolhido, quando me telefona o meu cunhado Xinante e, ao saber que nos preparava-mos para ir pescar, chamou-nos de malucos por nos aventurar-mos com a chuva intensa que caía. Na realidade, é preciso gostar mesmo muito de estar junto ao mar, ainda por cima com baixíssimas expectativas de apanhar um peixito, para nos meter-mos debaixo daqueles aguaceiros! Ninguém nos obrigou... Fomos porque quisemos... porque sentimos esse chamamento... essa necessidade! Mesmo com chuva e sem peixe, seria sempre tempo bem entregue e bem passado. E foi! E com argumentos de peso para contrariar as teorias solunares! Eheheheheh!
Nos primeiros três lançamentos, pesquei logo 2 robalos, enquanto testava uma amostra low cost que tínhamos comprado horas antes e re-equipado com argolas e fateixas novas Decoy - muito boas por sinal!
Contra as nossas baixas expectativas, o peixe andava por lá... Comecei logo a dar tanga ao King, mas ele não demorou nada e tinha outro robalo a vergar-lhe a cana e a fazer a "carretilha" cantar! Deu logo para perceber que se tratava de um bom exemplar e meti-me logo num local estratégico para ajuda-lo a içar o peixe, mas o King preferiu trazê-lo às próprias mãos sozinho... infelizmente, porque apesar de bem trabalhado, ao chegar aos pés e com a forte escoa, o King teve de forçar a cana e quase verticaliza-la para o pôr a seco e... PAAAAC! Partiu a ponteira! Ahahahahahahahahah! O que eu me ri e gozei com ele! Ai não queres ajuda! Ahahahahahaha! Levanta em peso levanta! Ahahahahahah! Era uma vez uma vara! Ou melhor, parte dela! Valeu pelo menos o gozo de pescar o maior exemplar da jornada antes de partir...
Mesmo com meia vara, o King não desistiu e ainda bem. Outra grande risada da tarde foi proporcionada por isso mesmo:até com meia vara o gajo deu luta!Não é que engata pouco tempo depois outro robalo, mesmo ao meu lado! Ahahahahahahah! Que (merecido) gozo ele me deu então: "Já está 2-2, tenho o maior exemplar e este foi com o toco partido"! Muito nos ri-mos com esta encavadela-mor! Ahahahahah!
Entretanto, rendi-me às evidências e troquei a amostra low-cost pelos vinis que ultimamente nos têm dado muitas alegrias. Acabei por apanhar mais 4 robalos, para não continuar a ser humilhado pelo meio toco do King! Ahahahahah!
Tivemos de dar esta pesca por terminada provavelmente na melhor altura (pôr-do-sol), pois eu entrava no trabalho às 20h. Mas está visto que isto das teorias vale o que vale...
Boas "idas à pesca" e, se possível, "boas pescas"!
O dia estava cinzento e o céu ameaçava chuva, mas o desejo de ir pescar sobrepunha-se à pouca fé em dar com um peixito e ao sério risco de apanhar uma molha valente.
O João veio ter a minha casa, estava eu a acabar a edição de um vídeo para o meu Amigo Matos. Aproveitei para lhe pedir opinião acerca do resultado final e pôr a conversa em dia.
Desde que regressei do Faial, ainda só tinha ido pescar uma vez, num dia em que o mar violento poucas chances nos deu... Queria muito experimentar uns vinis e nesse dia até da caixa de amostras me esqueci...
Desta vez o mar estava calmo, até demais! Nem uma brisa corria, mas céu carregado prometia complicar-nos a vida. Por isso mesmo, ao contrário do jovem e inconsciente King que foi "à fresca", vesti os meus waders e botas novas que a minha mulher me tinha oferecido nos anos e estavam por estrear. Em boa hora, pois choveu intermitentemente e, porque (quero acreditar) me deram sorte!
Começamos a pescar já o dia estava a acabar, mas a pouca luz ainda dava para perceber a água parada e muito aberta: viam-se as rochas e a areia entre elas até uns 15 metros desde o sítio onde estavamos! "Que porcaria que isto está hoje", comentamos em uníssono! De qualquer forma, estavamos ali, a fazer o que gostamos, junto do mar e nada como tentar a nossa sorte...
O tempo foi passando, fomos saltitando de rocha em rocha, palmilhando quilómetros pela areia... até que a noite resolveu fazer-nos companhia. Já conformados que com as condições existentes dificilmente safaríamos a grade, resolvemos regressar ao ponto de partida e ir embora. Já perto do carro, convenci o King a fazer uns últimos lançamentos onde tínhamos começado. Ele preferiu dedicar-se à (já habitual) exploração das pocinhas, na busca de polvos. Como bem refere: "é só quando ele não está a pescar que eu tiro peixe" e não quis deixa-lo ficar mal. Após 3 ou 4 lançamentos, ferro o primeiro peixe e chamo por ele. De início pensou que estava a dar-lhe música, como ele habitualmente faz, mas era a salvação da grade anunciada! Grande festança que fizemos, mas nem assim o gajo voltou a pescar.
Eu enchi-me de esperança e fui lançar mais ao lado, num sítio mais fundo, mas com cabeços difíceis. O King desencorajou-me logo: "Aí vais já ficar sem vinil!"; ao que eu, de moral renovada respondi: "Vou, vou... vê lá se não apanho já um animal no primeiro lançamento!". Sei que parece uma história de pescador, mas o vinil caiu na água e mal comecei a anima-lo - TAU! E... Tau, tau, tau! Seguidos de zzzzzzzzzzzzzzzzzzz! "Oh King, já foste! Anda mas é ajudar a tira-lo cá para fora que este é um daqueles! E era! Grande alegria partilhada, grande festa e toca a malhar na tola ao King para meter um vinil e tentar a sorte.
Após muita insistência minha, e sempre a cismar que ia perdê-lo, lá voltou a montar a cana e a meter um vinil. Faz o primeiro lançamento e pumba! Vinil preso nas pedras! Kakakakakaka! Logo no primeiro lançamento! Que falta de fé! Ele bem dizia que era mais pesado que o meu, que ia mais ao fundo e prender mais facilmente... Mas este Petas é um teórico do carago! Faz tudo para confirmar as teorias... Então a estourar-me vinis tem-nas confirmado todas! Kakakakakaka!
Como teimava em não perder o vinil que lhe tinha emprestado, andava ao longo da costa sempre com a linha tensa a tentar ver se o soltava. Eis senão quando engato o terceiro peixe. "Oh King, deixa-te disso, rebenta o carago da linha e anda mas é aqui ajudar-me que tenho aqui outro bom"! Lá vem o gajo a correr e ajuda-me a pô-lo a seco.
Volto a chatea-lo para rebentar a linha e a montar o último vinil que levava no porta-amostras, mas de cor verde. Desta vez não foi preciso insistir muito, pois entretanto, com a cana pousada na rocha, a linha tinha ficado enlaçada nos mexilhões e rapidamente partiu que nem algodão...
Quando penso que finalmente o King ia montar o vinil verde, diz-me o gajo: "Já tinha pouca linha no carreto, mas agora está quase vazio! Não dá mesmo para pescar"! Kakakakakakaka! É inacreditável mas é verdade!
Acabamos por acordar uma boa solução - lançamos à vez cada um com a minha cana. Kakakakakaka! Aproveitei entretanto a minha paragem para telefonar a alguns Amigos a contar estas peripécias e ainda interrompi um ou dois telefonemas a meio para retribuir a ajuda ao King e levantar uns peixes que lhe salvaram, e bem, a grade! Ainda tiramos mais uns quantos peixes engraçados...
Para terminar este relato, no mínimo sui generis, resta dizer que demos esta pesca memorável por terminada, quando?.... Imaginem lá?...
Quando o King perdeu o meu vinil - aquele que tirou TODOS os peixes desta jornada! Kakakakakakakaka!
Foi o regresso à fórmula original, por desencontro de datas e disponibilidades desfasadas. A verdade é que desta vez a "expedição" ao Faial contou apenas comigo e com o meu filho, Zé Pedro. Dos outros ficou a sensação de perda e a sua ausência fez-se sentir todos os dias. Fica para a próxima nova investida do Peixoto, Urubu e do King e, quiçá, a estreia do Sérgio e do Tiago!
Madrugada bem cedo partimos de Pedras Rubras, rumo a Lisboa, com uma escala de duas horas, que se prolongou para mais do dobro, devido ao atraso com que o avião que nos ia transportar até à cidade da Horta chegou de Atenas, e depois com a confirmação de que a referida aeronave tinha um problema técnico, que impedia a sua utilização de imediato. Com todos estes contratempos, que enervam ainda mais quem sente um "friozinho" por andar de avião (não é Pedro???), só levantamos voo, noutro aparelho, quando já devíamos estar a aterrar no Faial...
A viagem correu bem e até deu para recuperar algum do atraso. Gostei especialmente da capacidade do piloto, que conseguiu uma aproximação espetacular à pista, apesar do teto fechado e dos ventos fortes. Só vimos a pista escassos segundos antes de a tocarmos e isto sem quase qualquer turbulência.
Já em terra e com a viatura alugada à nossa disposição, decidimos rumar de imediato para o Varadouro, porque já conhecíamos o hotel onde ficamos alojados e porque queríamos tentar alugar um barco para uma ou duas saídas para o alto mar. Acabámos por almoçar bastante tarde no restaurante Bela Vista, onde nos facultaram o contacto com um jovem que se dedica ao mergulho e ocasionalmente a saídas de pesca.
No Varadouro, demos conta de que o mar estava a fazer jus à fama das ilhas açorianas - batia forte e estava bem crescido, o que para nós foi uma (má) novidade e que contrastou com as duas experiências anteriores...
Depois de uma breve passagem pelo hotel, para fazer o check-in, e para uma desilusão ainda maior que o mau estado do mar - refiro-me à derrota de Portugal na Rússia - fomos até Porto Salão, no extremo oposto da ilha, verificar como estavam aí as condições e ensaiar os primeiros lançamentos. Devo relembrar que Porto Salão é um pesqueiro que fica na base de uma arriba imponente, a que se tem acesso através de uma inclinada descida. Também aqui o mar não estava para brincadeiras, com ondas de três a quatro metros que rebentavam ostensivamente na costa rochosa, provocando imensos espumeiros. Neste local, nas visitas anteriores, tínhamos sempre sido felizes com algumas capturas. O Pedro tinha fisgado mesmo a sua primeira bicuda neste pesqueiro, e por sinal bem graúda. Só que as condições de mar e de vento impediam agora de pescarmos para o lado esquerdo, ficando apenas disponível a baía mais calma situada à nossa direita. Aproveitando a baixa-mar, o Zé Pedro - naturalmente mais afoito - ainda fez algumas incursões em terreno "perigoso", experimentando os vinis, os popers, os passeantes e diversos tipos de outras amostras, tudo sem sucesso. Eu comecei com um bucktail jig, sempre batendo a baía mais recatada. A determinada altura, o Pedro recomendou-me que trocasse para uma amostra azul, tipo sardinha. Foi remédio santo! Num dos lançamentos paralelos à linha de costa, senti o ataque de uma bicuda, que assomou mesmo à superfície. Foram alguns minutos de emoção, mas com a ajuda do Pedro consegui trazer o peixe (um bonito exemplar) até à zona onde se recolhem os barcos e depois, com ajuda de uma onda, colocá-lo a seco. O Pedro encarregou-se de o ir buscar, com todo o cuidado para evitar cair numa zona íngreme e muito escorregadia... A noite tinha entretanto caído e demos a sessão inaugural por encerrada! Para estreia não tinha sido nada mau... E estreia é a palavra adequada, porque esta bicuda foi o meu primeiro peixe a pescar da costa ao spinning!
No dia seguinte, o projeto era arrancarmos do hotel ainda de noite, mas o cansaço acumulado na véspera e a má programação dos telemóveis, provocaram um atraso significativo na partida. Escolhemos então outro pesqueiro, já conhecido, o chamado Porto Comprido, mesmo ao lado do famoso vulcão dos Capelinhos.
E se no dia da chegada tínhamos acabado em beleza, o segundo dia começou da mesma forma, com o Pedro a fisgar logo no primeiro lançamento uma outra bicuda! Só que esta entrada de leão não teve continuidade, muito por culpa do mar, que começou a crescer e a inviabilizar alguns pesqueiros. Mesmo assim, o Zé Pedro ainda sentiu um forte ataque, possivelmente de uma anchova, que destroçou um vinil, deixando bem vincadas as suas dentadas...
Após o almoço, em que degustámos a bicuda pescada no dia anterior (por sinal um peixe bem saboroso), decidimos experimentar a sorte do outro lado do Canal, imortalizado por Vitorino Nemésio. Apanhámos o "Cruzeiro das Ilhas" e meia hora depois já estávamos no Porto da Madalena, na ilha do Pico. Relatos anteriores diziam-nos que se pescava no próprio porto e com bons resultados. Como tínhamos pouco tempo (o barco de regresso partia às 18 horas e era o último do dia) decidimos ficar mesmo pelo porto, até porque todos a quem perguntávamos eram unânimes em apontar o molhe oposto ao da chegada do barco como o melhor local para fazer spinning. Durante cerca de hora e meia experimentámos amostras, vinis e bucktail jigs e a verdade é que tivemos bons ataques e tanto eu como o Pedro tivemos peixes presos, que acabaram por se soltar. Além disso, testemunhámos várias vezes a perseguição das amostras por diversos peixes, muito provavelmente anchovas. O Porto da Madalena ficou na nossa memória e é um local a explorar com mais tempo, de preferência ao nascer e ao pôr do sol...
No domingo, confirmada a impossibilidade de sairmos para o mar por falta de barco e também por causa da ondulação, decidimos começar bem cedo, ainda de noite, novamente no Porto Comprido. Era dia de eleições regionais nos Açores e até parece que os peixes que procurávamos também tinham sido convocados para assessorar no ato eleitoral... Mesmo assim ainda sentimos alguns ataques, sem concretização. A meio da manhã, decidimos experimentar outro pesqueiro - o Porto da Eira - bem perto de Porto Salão e tal como ele localizado na base de uma arriba impressionante, o que não afasta os veraneantes na época de calor das suas famosas piscinas naturais. Chegados ao pesqueiro encontramos um pescador desportivo local, que se preparava para pescar ao fundo, com sardinha, já que a pesca à bóia era impossível dado o estado alteroso do mar. Experimentámos vário material sem sucesso e começámos a apreciar a técnica do nosso improvisado companheiro de pesca, que rapidamente juntou vários sargos, de porte apreciável! Ainda me cedeu anzóis, chumbeiras e linha para fazer o gosto ao dedo. E com sucesso, já que tanto eu como o Pedro ainda sacámos alguns (bons) sargos.
Depois do almoço, no carismático bar do Peter, mesmo frente à marina da Horta, passámos por uma loja e compramos material de pesca para o fundo e rumámos uma vez mais até Porto Salão. Tinha ficado com o gostinho dos sargos e eu adoro a pesca ao fundo... Chegados ao pesqueiro encontramos uma senhora, que se revelou uma exímia pescadora. Acreditem que tinha uma boa safra de sargos, pescados com peito de... frango!!! É verdade, tal como é também verdade que o engodo é feito com sardinha e com... pão, que serve igualmente de isco para pescar tainhas... Outros locais, outras técnicas...
Esta última sessão de pesca proporcionou bons momentos, alguns peixes e um ENORME (esta palavra foi posta em voga pelo Ministro das Finanças...) SUSTO. Passo a explicar - ainda apanhei alguns sargos jeitosos ao fundo, enquanto o Pedro voltou a sentir ataques nas suas amostras, em particular no vinil azul, que ficou totalmente destroçado. Quando o sol já se punha, e por sugestão do Pedro, trocamos de canas e fiz alguns lançamentos com o referido vinil. À segunda tentativa senti um toque e dei conta de imediato ao Pedro, que me aconselhou a tentar ferrar o peixe em caso de novo ataque. E não é que houve mesmo... Ferrei o peixe e notei que a luta era diferente da bicuda. Mais força e mais irreverência. Era uma anchova, como pudemos confirmar quando o peixe se aproximou. Foi nessa altura que apanhámos o tal valente susto - o Zé Pedro para filmar a captura e me ajudar a sacar o peixe, aproximou-se da borda da água e entrou na zona escorregadia a filmar, acabando por cair desamparado, de costas, sobre os trilhos de madeira cravada no cimento e na pedra, que facilitam a retirada das embarcações do mar. Foi uma queda feia, que me deixou arrepiado e preocupadíssimo. O Pedro levantou-se de imediato e ainda tentou apanhar a anchova, que eu entretanto perdera por me ter desinteressado até da cana...
Apesas das dores nas costas e dos ferimentos nos braços e numa mão, o Zé Pedro ainda fez alguns lançamentos. Sem sucesso.
O regresso no dia seguinte fez-se sem complicações e curiosamente a maior turbulência que sentimos foi no trajeto Lisboa/Porto. Nesse mesmo dia, as radiografias feitas pelo Pedro garantiram que não havia qualquer fratura ou fissura. Mas as dores essas continuaram e servem de aviso para os perigos que a pesca comporta. Esta é uma atividade de lazer e convém ter sempre presente que nada, nem ninguém, deve sobrepor qualquer ação à SEGURANÇA!
Termino com uma citação do meu filho no seu último post, antes de partirmos para os Açores:
"Uma coisa é certa e sabida - vou com o meu Cotinha e essa é e será
sempre uma realidade mágica, sem preço, com satisfação garantida!"
Antes de qualquer outra coisa, qualquer amostra (boa ou má) pesca o pescador. Muitas, mesmo nas melhores mãos, não pescam muito mais do que isso.
Na realidade, uma amostra pode dar-nos grande prazer mesmo sem tirar peixe... pelo menos a mim dá. Vejo-me sentado, depois de um longo dia de trabalho, a equipar algumas amostras em que deposito mais fé, com fateixas novas. Já passa das 3 horas da manhã e daqui a nada tenho de me levantar para ir trabalhar e pareço um menino a quem deram um brinquedo novo. É com imenso prazer que olho vezes sem conta para estes 3 poppers, acabadinhos de equipar a rigor com triplos Owner ST-66, tamanho 2/0. Contemplo-os e imagino o seu trajecto nas águas Açorianas aos repelões a ser brutamente interrompido por um daqueles peixes "malignos"!
Estas já vão para o porta-amostras, para junto das "primas" - os jerkbaits e passeantes dos robalos que também tiveram direito a upgrade.
Os jigs que estão guardados desde há mais de um ano, quase novos, com a mesma esperança que na primeira vez, também vão a banhos. São mais imponentes, duros, mas igualmente bonitos, de cores vivas e com holográficos chamativos. Antes de mais nada, capazes de pescar qualquer pescador! Pego nos "assist-hooks" 12/0 para os equipar e até me dão arrepios! Será que será desta que vão cravar o lírio que há muito tempo desejo? Preparo-os com todo o cuidado, admitindo que pode até acontecer e nessa ínfima probabilidade quero estar bem preparado.
Ainda aqui tenho uns vinis grandes, umas zagaias matadoras de robalos, uns chivos velhinhos... não posso deixar de os levar comigo para mais uma viagem de pesca! Afinal, se nada resultar, sempre são alternativas a exponenciar a nossa fé...
É impressionante como a magia desta preparação nos faz voar, pára o tempo e a imaginação não tem fim! Isto também é pesca. É nestas alturas em que - pelas suas cores garridas, formas realísticas, diversidade... - mesmo amostras que não pescam um peixe (seja por que motivo for), valem o dinheiro que investimos nelas!
A Pesca com amostras é um mundo de ilusões... e é muito bom sonhar!
Agora vou guardar tudo muito guardadinho, porque na Sexta-feira já é dia de viagem para os Açores!
Já só faltam chegar uns bucktail jigs e o material está pronto.
Vamos lá a ver se algum sonho se torna realidade!
Uma coisa é certa e sabida - vou com o meu Cotinha e essa é e será sempre uma realidade mágica, sem preço, com satisfação garantida!
As últimas semanas foram recheadas de capturas de boas douradas. Entretanto, com o fim dos dias de calor intenso e as primeiras chuvadas, investimos mais na procura dos robalos. Com esta mudança do "ouro" das douradas pela "prata" dos robalos, não ficamos a perder.
O mar tinha crescido e estava grandote, mas lá convenci o King Petas a acompanhar-me. Começamos por apostar em spots distintos, mas foi quando o João veio para o spot onde eu estava que tirou logo nos primeiros lances um prateadinho.
Não tardou nada e tinha o segundo aos pés - Já estava a abusar! Kakaka! Tive então de safar a minha grade, apenas com um robalo, mas avô dos mikis do King!
Coube-lhe o mérito de dar com eles no "meu"spot e de me ter dado a dica da amostra com que tirei o meu...
Os meses da tarolada estão aí, deixe o mar ir a eles!