A aventura piscatória na ilha do Faial começou bem cedo no dia 15. Às 5 horas da manhã o Paulo Peixoto apanhou em S. Mamede de Infesta os restantes quatro aventureiros – o Pedro, o Rui, o João e eu próprio. Arrumadas, com dificuldade, as malas e os tubos das canas, partimos rumo a Lisboa. Só que, já depois de passada a Ponte do Freixo, o Rui deu conta que tinha deixado no carro a carteira com os seus documentos. Saímos na primeira alternativa e voltamos ao ponto de partida. Com este contratempo perdemos cerca de meia hora. Como o horário planeado tinha sido muito à justa, tivemos de acelerar um bom bocado. “Comemos” quilómetros até ao Aeroporto da Portela, mas conseguimos chegar bem a tempo do avião, mesmo tendo de estacionar o carro um pouco longe do Terminal 2.
Pouco passava das 9,00 quando descolámos de Lisboa para uma viagem de duas horas e meia, que decorreu sem problemas, com muito bom tempo. Só à chegada é que as coisas se complicaram... A pista do Faial não é muito comprida e por isso as aterragens têm de iniciar-se mesmo no começo da pista. Desta vez não foi assim e o piloto teve de abortar a aterragem, já depois de ter tocado em terra com o trem. Ganhou altura e guinou de imediato à direita para iniciar nova aproximação à pista, explicando entretanto pela instalação sonora que tivera de abortar a aterragem porque nos momentos finais sentira vento de cauda. O silêncio tinha-se instalado na cabina e os olhares eram inquietos, mas a segunda tentativa foi perfeita e a aterragem decorreu de forma impecável. Para descanso e satisfação de todos – dos que não têm medo de andar de avião e, principalmente, dos outros... A verdade é que não é nada agradável falhar uma tentativa de aterragem...
Com os pés em terra este incidente foi rapidamente esquecido. Esperavam-nos seis dias de pesca e o tempo estava de feição, assim como o mar. Alugado o carro, fomos pousar as malas e vistoriar os quartos, antes de irmos acertar os últimos pormenores para as saídas no barco do “Faial Terra e Mar”. Analisadas as condições de tempo, vento e mar, ficou decidido que iríamos pescar de barco domingo, segunda e terça.
Mas, após o almoço, rumamos de imediato para o Porto Comprido, mesmo junto ao vulcão dos Capelinhos, para uma sessão de pesca ao spinning. A paisagem junto ao vulcão é espectacular, dando a ideia de estarmos na lua, pela desolação provocada pelas cinzas. O contraste com o azul do mar é deslumbrante! Foi neste ambiente que todos nós nos dedicamos à pesca com amostras, excepção feita ao Paulo Peixoto, que preferiu uns bons mergulhos nas águas tépidas do Atlântico. Também eu resisti pouco tempo ao apelo do mar. Depois eu e o Paulo decidimos ir até ao Varadouro e às suas piscinas naturais. No regresso tivemos dificuldade em encontrar os três resistentes da pesca, que tinham mudado de local, à procura de espumeiros mais prometedores. Mas em vão. Nem um só peixe. Ficava tudo adiado para sábado e para outro local – Porto Salão.
Boas,
ResponderEliminarEssa do avião, já tive uma sensação idêntica, em Carácas, quando atrás do avião onde seguia, vinha outro em aterragem de emergência(sem combustível nos depósitos)... foi só mais 1/2h no ar e estávamos a ver que o nosso combustível também ia acabar... Chiça, foi um susto daqueles...
Grande abraço.
Zeca Santos.
Boa sorte para todos!!! Boas férias e boas pescarias também.................Cabé
ResponderEliminarMuito boa a descrição, dá para imaginar o cenário!
ResponderEliminarE tirando esse contratempos normais de viagem , correu tudo pelo melhor...quanto à pesca, esperamos pelos outros dias!
abração
Xinante atmosférico
P.S.: podiam partilhar algumas fotos da paisagem.:)