Um pouco desiludidos com os resultados da pesca embarcada, no último dia desistimos de pescar na costa. Acordamos mais tarde, arrumamos as malas e rumamos até ao Restaurante Bela Vista, onde tínhamos encomendado três cavacos para almoçar. No dia anterior, depois do regresso a terra, o Paulo tinha ligado ao proprietário a indagar se ele nos preparava alguns peixes para complementar a refeição dos cavacos. Anuiu imediatamente e ficamos de passar a meio da manhã pelo restaurante para entregarmos um rocaz, dois pargos e uma garoupa.
Depois fomos dar uma volta turística pela ilha do Faial, ainda desconhecida para o Rui e o João. Visitamos naturalmente a caldeira vulcânica, onde a temperatura rondava apenas os 10 graus, e a praia do Porto dos Cedros. Fizemos uma volta completa pela ilha, deliciando-nos com as paisagens, com os caminhos ponteados de hortênsias e alargamos horizontes, conseguindo ver em alguns locais quatro das cinco ilhas do grupo central dos Açores – Faial, Pico, S. Jorge e Graciosa. Só não vimos a Terceira...
Pelas duas horas estavamos sentados à mesa para um almoço demorado. Comemos três cavacos (é pena serem tão caros...), saboreamos uma salada de rocaz e terminamos a degustar os pargos e a garoupa, grelhados na chapa. Foi um almoço espectacular! A qualidade dos produtos ajudou, mas o profissionalismo e a simpatia do proprietário e dos funcionários do restaurante foram fundamentais. É assim que se conquista mais gente para o turismo...
Depois foi a partida para o aeroporto e para uma surpresa desagradável. Ao fazermos o “check-in” foi-nos exigido o pagamento de 35 euros por cada um dos três tubos de canas. Argumentamos que na viagem de Lisboa para a Horta não tínhamos pago qualquer verba e que estavámos muito londe de atingir o limite de peso. Debalde. Tivemos mesmo de pagar 35 euros, mas juntamos os três tubos num único volume. É claro que que apresentamos uma queixa formal e esperamos que a TAP tenha o bom senso de devolver o que não lhe pertence! Não é certamente assim que cativa os turistas, nacionais ou estrangeiros!
De Lisboa ao Porto, a viagem foi rápida, com uma paragem na zona da Mealhada. Obrigatória, apesar de ser já madrugada.
Foi a última etapa de uma jornada inesquecível. Pela amizade, pelo convívio e pela alegria.
A repetir? Certamente!