Sábado, nascia o sol e lá partíamos nós para mais uma pesquinha embarcada que iria durar todo o dia. É muito agradável começar o dia e ver o sol irromper por entre as nuvens que pairam sobre o Pico e com os seus raios mais fortes fazem brilhar a bela cidade da Horta.
Após os bons resultados da tarde anterior, começamos por pescar ao fundo com isco orgânico. Almejavamos os famosos Pargos e fundeamos num spot mais profundo. Logo no primeiro lance apanho um belo Rocaz, um peixe lindíssimo, muito apreciado da gastronomia local - dizem que a salada de Rocaz é tão boa como a de lagosta.
As horas foram passando, fomos apanhando umas garoupas e sargos e mais um Rocaz, mas Pargos nem vê-los! O Luís pergunta-me se quero fazer uns lançamentos ao spinning perto da costa e lá fomos nós tentar a sorte. Apesar de não termos sido presenteados com nenhum exemplar nessa tarefa, quero realçar o profissionalismo e amabilidade do skipper: sabendo que eu preferia a pesca com artificiais e o meu pai a pesca ao fundo, tentou sempre conciliar os gostos distintos. Por diversas vezes, chegou ele próprio a pegar na sua cana de spinning e ir para a proa lançar um popper enquanto pescávamos ao fundo na popa. Outro bom exemplo da sua permanente disponibilidade para nos colocar sobre o peixe sucedeu após a passagem de um barco de uns amigos que afirmavam ter pescado 7 bonitos a cerca de uma milha de onde nos encontrávamos a spinnar. Estes pescadores teriam avistado as cagarras em grande algazarra, o que os fez mudar da pesca ao fundo que praticavam para a pesca com amostras, que acabou por ser profícua nas capturas. O Luís ao ouvir esta informação, colocou logo um artificial a nadar e o barco a navegar rumo às aves. De má vontade e falta de iniciativa e empenho não nos pudemos queixar, mas embarcados acabamos por não fazer qualquer captura com artificiais. Paciência! Talvez para o ano! Não foi isso que nos tirou a boa disposição!
Bem dispostos e depois de degustar as deliciosas sandes de carne assada da Susana, voltamos ao spot onde no dia anterior tínhamos apanhado os encharéus ao fundo. Inicialmente a actividade do peixe não foi tão intensa, mas à medida que fomos "engodando" o fundo com generosas iscadas, aumentou exponencialmente. Para além das habituais garoupas e sargos, pescamos uma abrótea, duas moreias e foi então que a emoção mor surgiu!
Pancadas fortíssimas após as ferragens, dobravam a cana e dificultavam a tarefa de arrancar o peixe do fundo. Por 4 ou 5 vezes, quer eu quer o meu Pai, vimos frustradas as nossas tentativas de vencer esses peixes incógnitos que rebentavam a linha durante a luta. Foi então que sugeri ao Luís que utilizassemos a linha madre também para os tensos. Sugestão prontamente aceite por ele e pelo meu Pai. Para não perder tempo, pois os ataques sucediam-se, mudei apenas o tenso de cima e mantive o de baixo (que mudaria no lançamento seguinte). O meu Cotinha, mais inteligente, refez toda a montagem e utilizou apenas um anzol com um tenso mais forte. Mal o chumbo tocou no fundo, senti nova pancada forte, ferrei e passados uns 5 segundos sinto desferrar e comento: "Aposto que rebentou o tenso mais fraco que não troquei!". Estava certo... Em seguida, o meu pai ferra um peixe. Apesar de ter comido "de faca e garfo", as pancadas que se sucedem à ferragem são violentas! Desta vez a linha aguentou-se e o meu Cotinha consegue trazer à superfície o peixe que teimava em rebentar tensos e não se deixar fotografar. Era um belo Mero!
Entretanto, a actividade do peixe cessou. Pensamos: "Anda peixe grande aqui em baixo e os pequenotes fugiram todos". Nem mais! A cana do meu Cotinha volta a ser a contemplada. Ficou-me na memória a imagem do meu pai a ferrar o peixe e quase em simultâneo, após a primeira e impetuosa pancada em resposta à ferragem, ia caindo ao mar. Era um peixe ainda mais musculado que o anterior! Já com sinais de cansaço mas com muita adrenalina, consegue colocar o peixe a seco - um imponente Mero, bastante maior que o anterior! O recém-aclamado (por mérito próprio) Campeão dos Meros comentou: "Quais pargos qual carapuça! Meros é que é!".
Com esta abada do Cotinha regressamos a terra e hei-de passar muitos anos a atura-lo por esta façanha!
Uma coisa é certa: de hoje em diante quer o Urubu, quer o Rei João, quer eu próprio, estamos determinantemente proibidos de dizer que o Cotinha só apanha mikis!
Parabéns Sr.José por bater o seu Record de "MIKIS (MEROS)",LOLOLOL.
ResponderEliminarFoi mais uma aula de pesca que deu ao Zé Pedro,que tem a mania que sabe pescar.
Abraço
Urubas
Olá a todos
ResponderEliminarDe facto o Pai deu uma bela lição ao Filhote .... e dizia sempre.... mas eu só venho para fazer companhia ao meu filho.....depois do primeiro mero....já admitia que gostava muito de pescar...depois do segundo mero...dizia...estou todo a tremer....tenho a adrenalina a correr-me pelo corpo todo...iupi....é isto que nos faz trabalhar tanto...a vossa total dedicação a estes momentos....
mais uma vez OBRIGADO
FAIAL TERRA MAR
A sua equipa de pesca nos Açores
A (Kotice) é um Posto..................não tenham dúvidas eheheheheheheheh. Parabéns e abraço as dois Zés Cruz. Cabé
ResponderEliminarMas que grande "tareia" que o teu Pai te deu 0:) .
ResponderEliminarParabéns aos 2.
Um abraço,
Pedro Neves
Muitos parabéns Sr. José, isso sim é que é um peixe com M grande, que bela lição deu aos mais novos, lol.
ResponderEliminarAbraço
Hugo Marques
Parabéns ao pai e filho,
ResponderEliminarum abraço.
ricardoferrero
Adorei os peixes, as moreias, as fotos e os videos, e os dois men`s pescadores...
ResponderEliminarAbraço
Zeca Santos.
Os vídeos estão altamente, com a técnica do Pai e as conhecidas gargalhadas do Filho. Muito bom mesmo. Abraço Cabé
ResponderEliminarSr. Pai do filho mais incrível que todos esses Meros juntos!!!looooooooool
ResponderEliminarJá sou sua fã!!!!!!
Convido-ossssssssssss a uma pescaria no majestoso Rio Amazonas!!Que tal um pouco pirarucús, piraráras, bacús, jaús, doudadas,filhotes, pintados e alguns tucunarés!!
Topam???
É só combinar, o convite já foi feito mais de uma vez!!!
Aguardo vcs!!!
Abraços!!
Lisa