O dia que agora vos relato foi um dia longo e cheio de emoções fortes. Teve início ainda bem cedo, por volta das 8h da manhã. Se esta hora aqui no Continente já é pouco madrugadora para pescar (mesmo nesta altura do ano), nos Açores era ainda noite cerrada.
Tomamos o pequeno-almoço no Hotel e o meu pai abasteceu bem o depósito, como em todos os outros dias! Pensei que se estivesse a encher de energia para pescar ao spinning, mas apesar de bem alimentado acabaria por se cansar rapidamente mal perdeu a primeira zagaia.
Estômagos cheios, toca a entrar no Corsa alugado e a rumar à costa. Contrariando os conselhos do Luís e da Susana (e mal), começamos por explorar spots mais a Norte da Ilha e fomos para o Porto do Salão.
Estômagos cheios, toca a entrar no Corsa alugado e a rumar à costa. Contrariando os conselhos do Luís e da Susana (e mal), começamos por explorar spots mais a Norte da Ilha e fomos para o Porto do Salão.
O local era muito bonito, mas medonho visto de cima! Cerca de 50 ou 60 metros separavam o nosso carro do local onde começamos por pescar. Para percorrer essa distância tivemos de descer uma escadaria imensa, já bastante deteriorada. Fizemo-lo com algum receio e com todo o cuidado. Chegados junto do mar, deparamo-nos uma vez mais com uma água limpíssima que permitia ver o fundo mesmo quando aos nossos pés tinhamos logo cerca de 8 ou 10 metros de profundidade. Infelizmente, o vento que soprava de Nordeste rapidamente se encarregou de nos provar que deviamos ter ido para o Sul da Ilha. Assim fizemos.
Caminho inverso na escadaria - a subir! Nem vos digo nem vos conto! Imaginem!
Caminho inverso na escadaria - a subir! Nem vos digo nem vos conto! Imaginem!
Realizada a proeza de regressar ao carro, decidimos ir aos Capelinhos, mais concretamente ao Porto Comprido. A viagem foi muito agradável, apesar das inúmeras curvas e contra-curvas e fez-se num instante pois as estradas encontravam-se em excelente estado.
Ao aproximar-nos dos Capelinhos, o cenário muda literalmente. Ao invés dos campos verdejantes com muitas vacas a pastar, o terreno de pó e cinzas é apenas interrompido pelo Farol.
Ao aproximar-nos dos Capelinhos, o cenário muda literalmente. Ao invés dos campos verdejantes com muitas vacas a pastar, o terreno de pó e cinzas é apenas interrompido pelo Farol.
Descemos mais um pouco e estacionamos o carro numa rampa já bem perto do mar.
O spot é precioso! Avisto uma fileira de pedras onde as ondas batem e se espraiam trazendo muita espuma até a um caneiro bem profundo. É para lá que vou cheio de fé. Enquanto preparo a Technium de 3,30m com acção 50-100g que o meu amigo Urubu me emprestou para a viagem e a caso com o meu Twin Power 3000 com multifilamento 0,15, aconselho o meu Cotinha a seguir-me para aquele spot. Proposta declinada, na altura...
Clip colocado no terminal em fluocarbono 0,41, abraçado à Angelkiss que já no dia anterior me tinha feito sorrir. Chego ao spot e lanço 1, 2, 3, 4, 5 vezes... não tardou muito a sentir um ataque pujante, muito diferente daqueles que os robalos me têm habituado. Diferente para melhor! Mais enérgico, mais forte! E a velocidade da linha a sair do meu carreto!? E as pancadas que se sucediam a levar cada vez mais linha e a fazer o meu drag entoar uma melodia única!? Era para aquilo mesmo que eu estava ali! Chamo o meu pai e mal vejo que se trata de uma Anchova peço-lhe que comece a filmar. Quando chega perto de mim, já tenho a Anchova a seco.
Tratava-se de um exemplar modesto, mas que me encheu de alegria. Era a minha primeira e fazia jus aos relatos que ouvira. Contemplei-a por instantes, fotografei-a e devolvi-a ao seu habitat.
Eram 14:30h quando chegamos à Marina da Horta. O Luís e a Susana já nos esperavam. Embarcamos no Marlim, movido por 2 motores Yamaha de 80 cavalos.
A viagem durou cerca de 1:20h até ao spot escolhido. O barco foi fundeado e começamos por pescar à deriva com carapaus ou bogas vivos (categoricamente apanhados na altura pela Susana com aparelho e cana de pontas). Os resultados tardavam em aparecer e resolvemos colocar uma cana ao fundo com isco orgânico - cavala e/ou sardinha. Como os ataques eram constantes, acabamos o dia a pescar ao fundo. As capturas e libertações foram imensas. Garoupas (muitas), Sargos, 1 parguete e 2 bons Encharéus, fizeram questão de vir fora de água pousar para as fotografias.
Cansados, mas sobretudo muito satisfeitos, regressamos a terra.
Provavelmente já a pensar no dia seguinte, que seria inteiramente passado no mar, o meu pai adormeceu antes do tempo, em plena mesa onde aguardavamos o jantar!
Mais um relato cheio de emoção com videos de meter inveja,BADALHOCO.
ResponderEliminarESPECTACULAR amigão,lindo lindo.....foi mesmo à Rei.
Abraço
Urubu
Fantástico zé pedro...mais um dia de sonho,está mais que visto que isso tem dedo do urubu,essa varinha está "mijada"...lololol
ResponderEliminarUm abraço!!!
Olá Ricardo,
ResponderEliminarSó emprestei a cana a esse urubu,para ele se estrear ao passeante com uma cana à homem para o forte e feio com CW:50-100 gr.
Mas a cana ficou envergonhada com um carreto à menino,LOLOLOLOLOL.
Abraço
Urubu
Zé Pedro isso é mesmo para meter inveja ao pessoal :D !
ResponderEliminarLindos vídeos e fotos.
Parabéns e abraço,
Pedro Neves
Muito bom!
ResponderEliminarPena não ser cá pertinho para ir com vocês e até um noob como eu tirar uns peixões!
Parabéns aos 2 por mais uma bela reportagem, que com vídeos deste calibre só dá vontade de pedir mais!
Abraço aos 2 verdadeiros senhores da pesca e dos respectivos testemunhos!
Atmosférico
Como o pessoal já disse, AI QUE INVEJA!!!
ResponderEliminarFantástico, parabéns aos 2 pescadores, belas capturas.
Abraço
Hugo Marques
que espectáculo Zé Pedro, eu sou o Pedro Tomás do PCA, estou a ver que foi fixe ;)
ResponderEliminarentão, que tal foi experimentar os pseudo caranx detex?, belos bichos não é, são brutos como tudo :P