Se no dia anterior o sol se pôs por volta das 17h, era de esperar que também nascesse bem cedo. Assim foi. Pequeno-almoço tomado em horário de dia de trabalho, ou mais cedo ainda, e preparação para a estreia no Jigging embarcado. Carretinho novo, fio novo, jiggs novos, usados e emprestados... tudo ansioso por ter uso!
Para além do imprescindível material, muita fé, muita vontade de experimentar uma pesca diferente, e a companhia do meu amigo Paulo Peixoto - que desencaminhei para as férias e para a pesca, a última com o aliciante da probabilidade de apanharmos bons exemplares. Bem que o/me enganei...
Esta alegria natural de quem está de férias com amigos e a fazer o que gosta manteve-se ao longo dos dias, mas a esperança de nos debatermos com um bom peixe era cada vez menor. Isto porque a cada saída de barco reforçavamos a convicção de que a escolha do spot era aleatória e só mesmo por fruto do acaso teríamos a sorte de "cair" num bom sítio. Seria impensável, mesmo para quem 2 anos antes o tinha já constatado ao vivo e a cores, que em pleno século XXI um barco de pesca não estivesse munido de sonar. Pior ainda, esta falha não se devia a falta do equipamento, mas sim à não instalação do mesmo e/ou avaria não reparada. Nestas circunstâncias sui-generis fiz a minha estreia ao Jigging. Experimentamos jigs de diferentes pesos e formatos e, sem saber se devido à profundidade ou à corrente, só com o barco muito perto da costa conseguimos sentir o jig a bater no fundo.
Passadas 2 horas de insistência colectiva e sem qualquer toque, voltamos a terra. Ficou desde logo desmarcado o concurso de Jigging. GRANDE DESILUSÃO!
Passadas 2 horas de insistência colectiva e sem qualquer toque, voltamos a terra. Ficou desde logo desmarcado o concurso de Jigging. GRANDE DESILUSÃO!
De regresso ao Ilhéu e antes do almoço, mais uma sessãozinha de snorkling para desenjoar. O local escolhido - praia de Santo António - acabaria por ser rebaptizada como "a piscina do Peixoto".
Enquanto o meu amigo começava a explorar a sua piscina e antes de lhe fazer companhia, peguei no meu material de spinning durante uma horita e enganei um peixe pouco maior que a Bakuba da Westlab de 14 cm. Embora não tenha pescado tanto como gostava ao spinning, este foi o único peixe que pesquei com amostras em São Tomé!
Durante a tarde voltei a desencaminhar o meu amigo Peixoto para uma pesca ao fundo embarcada. É que na escassez de peixe, queria que o meu amigo pudesse ter o prazer de sentir umas pancadas na cana.
Durante a tarde voltei a desencaminhar o meu amigo Peixoto para uma pesca ao fundo embarcada. É que na escassez de peixe, queria que o meu amigo pudesse ter o prazer de sentir umas pancadas na cana.
O meu pai tinha-me feito uns aparelhos com 3 anzóis 6/0 para os pargos, mas rapidamente me apercebi que eram totalmente desajustados aos parguitos que estavam a sair com o barco quase sempre à rola. Mudados os anzóis, acabamos por fazer o gosto à cana e o meu amigo deu-me uma lição de como se pesca peixe-coelho e não só! Para quem nunca tinha pescado, deu uma lição! Desse dia em diante, no concurso, passou a ser o meu "manager"! Eu acho que eu é que devia ser o "manager" dele depois das provas dadas!
Apesar de não ser grande adepto de pesca ao fundo embarcada e nem sequer ter levado isco, acabou por ser uma tarde bem passada. O momento alto da tarde foi mesmo a pesca dos peixes-coelho.
Estes amiguinhos têm a particularidade de roer a linha (multifilamento ou fluocarbono) com dentes semelhantes aos dos animais que lhes emprestam o nome.
Bem que os pescadores locais nos avisaram quando sairam os primeiros exemplares, para que toda a gente recolhesse a linha, mas para alguns foi tarde de mais! Foi a risota geral, pois houve quem ficasse sem muitos metros de linhas bem caras!
Foi num clima de boa disposição que regressamos ao Ilhéu já quase de noite, apesar de não termos pescado nenhum peixe memorável. É lindíssimo o pôr-do-sol no meio do oceano!
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