Passados os primeiros 5 dias de férias no Ilhéu das Rolas, e desde hoje de manhã de regresso à Ilha de São Tomé, só hoje me é possível actualizar o blogue.
De uma forma geral, as férias propriamente ditas têm sido razoáveis, mas a pesca foi uma ENORME desilusão!
O clima tropical torna qualquer dia num bom dia de praia, mesmo quando visitados pela chuva numa das manhãs. A água fresquinha caída do céu sabe muito bem, especialmente quando a temperatura da água do mar é praticamente a mesma da temperatura ambiente e cerca de 30ºC! Foi excelente para praticar snorkling e fazer uns filmes subaquáticos que postarei em breve.
Já a pesca correu desde o início mal. Logo no primeiro dia, tivemos uma saída de barco para treino de Jigging. O barco nem sequer tinha sonar e os locais escolhidos para lançar os jigs, segundo o comandante muito bons para esse fim, eram escolhidos segundo referências terrestres (é indescritível a figura do "GPS humano" de mão encostada na face a mirar as referências terrestres a longa distância e com nevoeiro!). A verdade é que tentamos, tentamos e demo-nos por muito contentes as poucas vezes que os jigs chegaram ao fundo, mas sempre sem qualquer toque. Rapidamente todos constatamos que andavamos a dar tiros no escuro, sem qualquer hipótese de "ver o fundo" já que "o espelho do sonar estava partido" segundo o comandante - convém realçar que o sonar dá imagens resultantes da interpretação do eco de ultrassons que envia, tal como a Ecografia.
Mediante estes condicionalismos, a organização do concurso decidiu cancelar esta prova, que para mim foi o principal atractivo para participar e que me fez gastar mais de 500 euros em material!
Com um tão mau começo, as coisas só poderiam melhorar... ou não! Apesar de não ter trazido isco pois não tencionava participar na pesca ao fundo, acabei por fazê-lo a partir do momento em que a hipótese de pescar um exemplar memorável ao Jigging se desvaneceu.
Com o desejo de pescar, ou de pelo menos ver sair um bom peixe, lá fui eu no barco para a pesca fundeada, com isco emprestado. Mais uma vez, a barraca! O comandante que já no dia anterior só por 5 minutos na prova de 3 horas conseguiu ter o barco parado, viu-se e desejou-se (novamente) para fundear a embarcação. Os participantes decidiram pedir para pescar com o barco perto da costa e só aí foi possível finalmente praticar pesca ao fundo sem ter o barco "à rola". Nesse spot só foram pescados exemplares de pequenas dimensões, maioritariamente peixes-porco (localmente apelidados de "asnos") e um ou outro parguito. Referir que o maior exemplar pescado tinha cerca de 1 Kg diz tudo...
Restava apenas o dia do Big Game e a desmotivação generalizava-se entre os pescadores. Apenas 6 participaram nesta vertente. Eu depositava grande fé neste dia pois há 2 anos atrás ainda vi bons exemplares de Bonitos e um bom Xaréu com uns 7 ou 10Kg. Este dia que podia ter sido a salvação do Torneio, não foi! Nem um peixinho!
A desilusão é muita! Mais do que pelo que não se pescou, por ter a convicção profunda que este mar está repleto de grandes peixes que não fomos capazes de pescar! Custa-me porque não foi por escassez de recursos naturais!
Sempre que se visita São Tomé há uma frase que fica na memória e que os Santomenses dizem vezes sem conta - "Leve, leve!". Mais do que uma frase muitas vezes repetida, é o reflexo de um modo de vida. Felizmente que esta terra santa não deixa que as pessoas passem fome, já que toda a semente que cai ao chão origina uma nova planta. Mas se este "deixa andar", este "vai devagar, devagarinho" arrasta consigo a positividade da descontracção, da calma e da paz, também está ligada ao desinteresse, à indiferença, à falta de inciativa e vontade de progresso.
Nesta minha segunda visita a este País, foi a vertente negativa deste "Leve, leve" que infelizmente sobressaiu. Custou-me voltar ao resort do Ilhéu das Rolas e ver que os passadiços em madeira que com o tempo se foram deteriorando não foram arranjados, que os Bungalows não viram qualquer melhoramento, enfim, que o tempo só se fez notar pelo lado negativo.
Voltando às embarcações, parece-me inacreditável que as âncoras feitas pelos participantes no concurso de pesca de há 2 anos se mantenham as mesmas (sim, porque na altura nem âncora existia para fundear as embarcações de pesca!) e com o natural desgaste resultante do uso. Custa constatar que os sonares oferecidos na altura não tenham sido instalados nos barcos e os que foram não funcionem. É indescritível ver a indiferença perante este cenário...
Para finalizar este post, dizer que a pesca da costa com amostras poderia ter sido melhor... mas também não foi! Pesquei um único exemplar, pouco maior que a sardinha Bakuba da WestLab. Registarei com foto esse momento em posts futuros mais detalhados.
Resta-me aproveitar o clima e a parte positiva do "Leve leve" nos dias que aqui me restam em São Tomé para tranquilamente explorar melhor a cidade.
As saudades da Família e Amigos já são demais! E de umas investidas de bons robalos nas amostras também! É nestas alturas que valorizamos ainda mais o que temos!
O clima tropical torna qualquer dia num bom dia de praia, mesmo quando visitados pela chuva numa das manhãs. A água fresquinha caída do céu sabe muito bem, especialmente quando a temperatura da água do mar é praticamente a mesma da temperatura ambiente e cerca de 30ºC! Foi excelente para praticar snorkling e fazer uns filmes subaquáticos que postarei em breve.
Já a pesca correu desde o início mal. Logo no primeiro dia, tivemos uma saída de barco para treino de Jigging. O barco nem sequer tinha sonar e os locais escolhidos para lançar os jigs, segundo o comandante muito bons para esse fim, eram escolhidos segundo referências terrestres (é indescritível a figura do "GPS humano" de mão encostada na face a mirar as referências terrestres a longa distância e com nevoeiro!). A verdade é que tentamos, tentamos e demo-nos por muito contentes as poucas vezes que os jigs chegaram ao fundo, mas sempre sem qualquer toque. Rapidamente todos constatamos que andavamos a dar tiros no escuro, sem qualquer hipótese de "ver o fundo" já que "o espelho do sonar estava partido" segundo o comandante - convém realçar que o sonar dá imagens resultantes da interpretação do eco de ultrassons que envia, tal como a Ecografia.
Mediante estes condicionalismos, a organização do concurso decidiu cancelar esta prova, que para mim foi o principal atractivo para participar e que me fez gastar mais de 500 euros em material!
Com um tão mau começo, as coisas só poderiam melhorar... ou não! Apesar de não ter trazido isco pois não tencionava participar na pesca ao fundo, acabei por fazê-lo a partir do momento em que a hipótese de pescar um exemplar memorável ao Jigging se desvaneceu.
Com o desejo de pescar, ou de pelo menos ver sair um bom peixe, lá fui eu no barco para a pesca fundeada, com isco emprestado. Mais uma vez, a barraca! O comandante que já no dia anterior só por 5 minutos na prova de 3 horas conseguiu ter o barco parado, viu-se e desejou-se (novamente) para fundear a embarcação. Os participantes decidiram pedir para pescar com o barco perto da costa e só aí foi possível finalmente praticar pesca ao fundo sem ter o barco "à rola". Nesse spot só foram pescados exemplares de pequenas dimensões, maioritariamente peixes-porco (localmente apelidados de "asnos") e um ou outro parguito. Referir que o maior exemplar pescado tinha cerca de 1 Kg diz tudo...
Restava apenas o dia do Big Game e a desmotivação generalizava-se entre os pescadores. Apenas 6 participaram nesta vertente. Eu depositava grande fé neste dia pois há 2 anos atrás ainda vi bons exemplares de Bonitos e um bom Xaréu com uns 7 ou 10Kg. Este dia que podia ter sido a salvação do Torneio, não foi! Nem um peixinho!
A desilusão é muita! Mais do que pelo que não se pescou, por ter a convicção profunda que este mar está repleto de grandes peixes que não fomos capazes de pescar! Custa-me porque não foi por escassez de recursos naturais!
Sempre que se visita São Tomé há uma frase que fica na memória e que os Santomenses dizem vezes sem conta - "Leve, leve!". Mais do que uma frase muitas vezes repetida, é o reflexo de um modo de vida. Felizmente que esta terra santa não deixa que as pessoas passem fome, já que toda a semente que cai ao chão origina uma nova planta. Mas se este "deixa andar", este "vai devagar, devagarinho" arrasta consigo a positividade da descontracção, da calma e da paz, também está ligada ao desinteresse, à indiferença, à falta de inciativa e vontade de progresso.
Nesta minha segunda visita a este País, foi a vertente negativa deste "Leve, leve" que infelizmente sobressaiu. Custou-me voltar ao resort do Ilhéu das Rolas e ver que os passadiços em madeira que com o tempo se foram deteriorando não foram arranjados, que os Bungalows não viram qualquer melhoramento, enfim, que o tempo só se fez notar pelo lado negativo.
Voltando às embarcações, parece-me inacreditável que as âncoras feitas pelos participantes no concurso de pesca de há 2 anos se mantenham as mesmas (sim, porque na altura nem âncora existia para fundear as embarcações de pesca!) e com o natural desgaste resultante do uso. Custa constatar que os sonares oferecidos na altura não tenham sido instalados nos barcos e os que foram não funcionem. É indescritível ver a indiferença perante este cenário...
Para finalizar este post, dizer que a pesca da costa com amostras poderia ter sido melhor... mas também não foi! Pesquei um único exemplar, pouco maior que a sardinha Bakuba da WestLab. Registarei com foto esse momento em posts futuros mais detalhados.
Resta-me aproveitar o clima e a parte positiva do "Leve leve" nos dias que aqui me restam em São Tomé para tranquilamente explorar melhor a cidade.
As saudades da Família e Amigos já são demais! E de umas investidas de bons robalos nas amostras também! É nestas alturas que valorizamos ainda mais o que temos!
Deixa lá amigo, para a próxima vamos todos e levamos o barco ehehehehehe. Vais ver como o Povo, vais pescar. Já tinha-mos saudades tuas também. Abraço, e parabéns pelo relato
ResponderEliminarDeixa estar...deixa estar.lol
ResponderEliminarDe todo modo, achei muito interessante tuas férias, pelo menos foi diferente, não?
bjs